Sim, sou romântica. Sou do tipo que escreve cartas de amor, faz poesias, surpresas em dias normais e até canta coisas do tipo clichê! Mas se tem algo que realmente o meu romantismo não consegue entender é o tal de “não vivo sem você”, “você é a minha base, meu chão, meu tudo”, e o pior de todos: “você é MINHA VIDA”. Tá, uma das características do romantismo é a exaltação do ser amado, e coisa e tal. Sou amante da literatura e sei-o bem, mas para mim isso beira a falsidade ou na maioria das vezes falta de amor próprio mesmo. O amor nos completa e não nos diminui, ele não resume a sua existência em outra pessoa. Devemos sim nos entregar a quem amamos, mas não totalmente, não dessa forma exagerada onde você se esqueça de si; isso não é amor e sim falta dele, excesso de carência emocional. Algumas pessoas não entendem que com o tempo, todo esse sentimento extremo de necessidade do ser amado se torna um fardo tão pesado para o companheiro levar que desgasta a relação, porque ninguém que alguém para carregar e sim alguém que ande lado á lado. Em relação à falsidade? Basta olhar para os jovens casais que se formam a todo instante e que se desfazem num piscar de olhos, fazem declarações tiradas de músicas e livros de poesias, com palavras rebuscadas e juras de amor por toda a vida, quando mal se conhecem e mal sabem o que de fato é a vida. Claro, devemos amar e fazer declarações por toda a vida, mas francamente, dizer que alguém é a sua vida? Não sei quanto a vocês, mas a minha vida é preciosa demais para ser colocada na mão de um ser humano frágil e falho; sim, por que por mais que essa pessoa seja maravilhosa ela jamais deixara de ser frágil e falha, pois assim não seria humana. Não quero ser a vida de ninguém, e nem quero que minha vida seja de ninguém. Quero ser o amor de alguém. Quero que alguém seja o meu amor. Isso basta.
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